Bem vindo(a)Você que chegou até aqui, sabe-se lá porque,receba um trago de poesia pra saciar sua esperança. Esta "choupana" oferece pouso a seus ideais. Fique à vontade. Não sei se vai achar nada demais. Mas se ao fechar a página, estiver mais leve, terá valido a pena! Pra onde você irá depois será um grande mistério Mas um pouco de mim vai te acompanhar e um pouco de você ficará. Gratidão por sua passagem.Vai com Deus! Todas as portas e janelas continuarão escancaradas, aguardando a sua volta!
sábado, 30 de abril de 2016
Pactos e impactos
Numa clareira
qualquer do coração,
enquanto a ilusão
incendeia e aquece
a inspiração,
três pessoas
se reúnem
em torno
de uma fogueira...
Uma criança,
um jovem e um idoso...
A criança, esperta,
fica descobrindo coisas,
aberta a tudo o que é novo!
Ela desperta seus sentidos
e insiste em se aventurar,
sem medo, fazendo da vida
um brinquedo, enquanto
faz sombras com as mãos,
com todas as sobras
da sua imaginação...
O jovem, apaixonado,
quer deixar seu recado
com o carvão incandescente,
seja num desenho rabiscado,
numa frase inconsistente,
mesmo que saia queimado
com bolhas nas mãos,
inconsequente...
O idoso, sábio e já vivido,
parece estar meio disperso,
ciente de ser parte do universo,
ele pacientemente desfruta
de um tempo em que ainda está imerso
mesmo sem saber as respostas
para as principais perguntas...
De repente começa a chover...
A criança pula e sai correndo,
sem rumo e sem destino...
O jovem se espreguiça e sai dançando,
segue os passos do menino...
O idoso reclama dos dois e sai cambaleando,
enquanto se preocupa em levar consigo
um resto qualquer de chama...
Os três novamente se encontram
numa gruta, agora seu abrigo...
Diante de um lago
percebem não mais três reflexos,
mas apenas um...
A criança se assusta, ela tem medo!
O jovem se diverte, acha que é uma trama...
O idoso, então, sorri e apaga a chama...
Na escuridão, nada parece estar ali...
Dentro de si mesmos as três pessoas se reencontram...
O velho virou guri...
O jovem tem tantas rugas...
A criança já é adulta...
Lançados numa catapulta do tempo
são partes de um só turbilhão
de pensamentos e lembranças,
onde emoções e culpas dançam juntas...
Acordam todos num divã,
aprisionados num corpo que não reconhecem
e numa mente que já não recordam...
Diante da pergunta de improviso
sobre a vida e seu maior sentido
violentamente duelam sem nenhuma organização!
Até que finalmente um deles vence a batalha
e resolve cuspir tudo...
Diante dos seus acertos e falhas,
bem na hora do discurso,
descobre que ficou mudo!
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