segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Com o perdão da palavra (a meu irmão, Vinícius)



Com o perdão
da palavra,
não me permito
condenar...
Apenas enxergo
e faz parte de mim
me indignar
e me expor!
Passar do ponto,
exagerar na ênfase,
faz parte do se importar,
do sentir Amor!
Quando eu me calar,
aí talvez só haja dor...
Com a permissão
da palavra,
não consigo
me omitir...
Aprendi em família
a me revoltar contra o injusto,
não escolhi ter um pai, assim,
augusto, no exemplo de intuir...
Não fui eu que escolhi
ter uma mãe assim tão doce
na mania de cuidar...
Com a imprecisão da palavra,
amor não precisa se desculpar...
Precisa se revelar,
presente,
imensamente,
às vezes grosseiramente,
pra ajudar o outro
a se resgatar!
Desculpe se é impossível
eu me calar!
Desculpem se é impossível
eu não amar!

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