E a pétala
da gérbera
chamou o vento
pra dançar
e conheceram
o azul
e provaram
o firmamento
e se deixaram
levar,
leves,
por breves
momentos...
Até a chuva
chegar, devagar,
sem pressa,
remessa de elemento,
choro, lágrima,
mágoa, lamento,
água e sentimento!
E a pétala
da gérbera
pousou sobre
a terra,
e ali se deixou ficar
num solo,
se permitiu fincar
no colo,
do pó original...
Nenhum sinal
de sol...
Somente
um girassol
e uma semente
amarelando a noite!
E o vento,
novamente,
trazendo o seu açoite,
fez o fogo crescer
em volta
da fogueira...
Vida que chama...
Sonho que inflama
e se derrama
em novos pingos
que trazem o veio
de um novo rio
até o seio
de uma pétala no cio...
Há de haver algum meio
de preencher o vazio...
Gérbera, vento,
lento desvario...
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