sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Em tempos de seca!





Chovem
milhares
de litros
de um tempo
que não se basta:
"hasta la vista", vida,
que não se vive à vista
e entre pedras seculares,
se conquista,,
como quem
vence a tempestade,
no meio de um milhão
de raios e trovões,
ouvindo antigas canções
e as lembranças
de alguns palavrões
de amigos,
estes sim,
verdadeiros abrigos,
em tempos
de inundação!

Pingos e pingos
nos "is" mais insanos,
ciganos colibris
dançando
sobre a gota d'água...
Não é a mágoa
que lhes permite voar,
mas a leveza
da alma...
Toda calma
até o mundo flutuar...
Que seja
por um segundo,
valerá a pena!
A cena ficará!
Até onde a vista
alcançar...
Depois
que a nuvem passar
e o olhar secar,
tudo será luz,
uma intensa
conjunção
de azuis...
Entre o chão,
o céu e o mar...

E a chuva
terá banhado
a vida
como a lágrima
banha seu rosto...
O sal deixará
o seu gosto,
mas logo, logo,
será como se fosse
doce
e só então
seu sorriso
voltará a brilhar!

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