quarta-feira, 4 de julho de 2012

Nas praças de um poema



Uma taça
de vinho,
uva passa,
um carinho,
uma graça,
um espinho
que transpassa,
pele e linho,
água escassa,
ser sozinho,
tempo que enlaça,
num redemoinho,
líquida cachaça,
sonho de moinho,
vento na trapaça,
vista que embaça,
o vidro e o caminho,
a força e a massa,
a porta do vizinho,
o portão da praça,
no banco algum velhinho,
na grama uma criança
que abraça
um cachorrinho
enquanto o poeta disfarça
e sai, bem de fininho,
enquanto a inspiração faz pirraça,
ele volta pro ninho
pra escrever sobre o sonho
de uma raça!


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