domingo, 4 de março de 2012

Sobre algo indefinidamente oculto (um help para Larissa)




Tempo, que passa,
enchendo de graça
minha imortalidade...

Se meu corpo disfarça
e finge não sentir
a alma te laça, tempo,
e faz questão de te seguir!

Tempo, que segue,
te peço que regue
os caminhos desta cidade...

Se as pessoas disfarçam
e fingem não sentir
na palma da mão, tempo,
vejo a verdade tentando fugir!

Tempo, usa a tua adaga,
mas ao invés de cortar, afaga
esta perdida humanidade...

Se os sonhos desgarçam
e tingem de dor quem luzir
nos olhos do vento, tempo,
entrego minha canção de despedir...

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