quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

No meio do nada



Eu olho pro farol
um forte erguido
no meio do nada...
E as ondas quebram...

Sua torre é um sol,
um corte feito
no meio do nada...
E os barcos seguem...

Há quantos anos sua luz
mostra o caminho da entrada
de uma cidade construída
com a cruz e com a espada
de um outro tempo...

Se alguém olhar o mar
vai ver um véu de espuma dourada
envolvendo a face da pedra angulada
que é seu templo...

Navios e saveiros,
nacionais e estrangeiros,
pedem a benção ao faroleiro
e seguem entre as vagas...

E um pescador solitário
agradece o farol solidário
e multiplica seu pão
con tantos peixes na rede...

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