segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Sobre os olhares dos santos

 



Francisco e Clara estavam passeando 

de mãos dadas nos jardins de nuvens coloridas 

de um amanhecer no paraíso, 

quando encontraram Dulce dos Pobres 

conversando alegremente com Tereza de Calcutá...

Os dois xarás João Paulo estavam ali perto 

e as observavam silenciosos, com a admiração

visível em suas faces...

De repente, naquela praça sem nome, 

os seis olhares santos convergiram para 

um anônimo recém chegado...

Neste momento, todos eles comungaram 

o mais puro sorriso de felicidade, 

ao perceberem que mais um 

dos humildes de Deus havia 

alcançado a sua glória...

Muitas vezes olhamos sem ver... 

Sem ver o próximo, o semelhante, 

só porque seu modo de vida é 

diferente do nosso... 

Nós o invisibilizamos e, ao fazer assim, 

inviabilizamos em nós o olhar de Amor sem filtros 

que Jesus procurou nos ensinar...

Ver, sentir compaixão e cuidar... 

Como bom samaritano na estrada...

Um olhar ultra violeta que enxerga além, 

que aquece, que acolhe, 

que silenciosamente se declara...

e agindo assim se santifica 

e perde o medo do juízo das pessoas... 

Só lhe interessa o juízo amoroso do Pai...

ao qual os santos se confiam de olhos fechados!

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