sexta-feira, 21 de junho de 2019

Considerações finais...



Somos tão frágeis...
e, ao mesmo tempo,
tão hábeis nesta
coisa de sobreviver...
Instinto, luta, querer...
Uma simples conduta?
Um manual de práticas
e gatilhos para não morrer?
Mas se esta é
nossa única certeza...
A de que somos finitos
e a morte nos espera
no fim do caminho
pra nos conduzir
de volta pro ninho,
pras asas da criação...
Como assim, então,
mente e coração,
gesto e emoção,
sentimento e razão,
tudo se junta pra não
se permitir entregar,
não se deixar sucumbir...
Como assim?
Se o princípio de tudo
é que há um fim,
porque insistir em negar?
Medo do desconhecido,
do mistério, do segredo?
Ou simplesmente apego
ao tempo dos sentidos?
Qual o sentido em renegar
o ciclo da vida?
De se negar o tempo
do adeus?
Somos tão fáceis...
e, ao mesmo tempo,
tão irresponsáveis
nesta coisa de ser...
São tantas as variáveis...
Afáveis, instáveis,
alienáveis, imensuráveis,
inenarráveis, desagradáveis,
insuportáveis, vulneráveis
seres tentando se manter...
mesmo sabendo
que seu dia chegará...
cedo ou tarde
o tempo chegará...
e o mistério da Vida
permanecerá
indecifrável
até que a Morte
nos faça conhecer!

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