quinta-feira, 26 de abril de 2018

Irmão Warney



Não deve ter sido nada fácil a primeira vez que você deixou a alma falar e fez este pedido:
-Deixa eu dançar!
Imagino a quantidade de barreiras que você teve que ultrapassar, os preconceitos...
Afinal Warney Júnior era um dos primeiros garotos a se apresentar publicamente como um apaixonado pela dança!
Não é difícil adivinhar que foram muitas as vezes em que este desabafo veio à sua mente e ao seu coração, a cada vez que lhe apontavam, criticavam e praticavam bulling por algo que, simplesmente, você amava fazer!
-Deixa eu dançar!
Esta frase deveria ecoar dentro de você com uma força tão grande que te moldou a ser o brilhante artista que você é hoje!
E olhe que você só estava querendo lapidar o talento bruto que recebeu desde que se entende por gente!
-Deixa eu dançar!
Quantas e quantas vezes você não deve ter repetido isso pra você mesmo, para outras pessoas, para o universo, como um grito de permissão para se expressar do jeito que sua alma queria...
E Warney Júnior foi construindo sua história... foi conquistando respeito e reconhecimento!
A cada novo passo... a cada coreografia... a cada espetáculo...foi realizando sua fantasia!
E o mundo à sua volta foi deixando ele dançar...Foi percebendo seu enorme talento, sua garra, seu dom, sua vontade, sua vocação!E o mundo à sua volta foi transformando preconceito em admiração! Gozações e sorrisos, como num passo de dança ou num passe de magia, se transformaram em aplausos! E o artista foi ganhando fama, adquirindo novos talentos na arte de se expressar e interpretar sentimentos!
E foi construindo sua história de sucesso com profissionalismo e entrega, ousadia e fé!
Uma história de vida que nos lembra uma bela coreografia...
Dedicação em cada passo, inspiração em cada escolha, determinação em ser e fazer de uma forma muito sua, muito marcante!
Que o espetáculo de sua vida continue cada vez melhor, irmão!
Que nesta constante fusão de corpo e alma, razão e emoção, você tire a vida pra dançar muitas e muitas vezes!
E sempre, com todo coração, faça de sua arte um manifesto de gratidão a Deus, nesta espécie de prece, de oração, que agradece tudo e pede apenas:
-Deixa eu dançar!

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