quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Fúlgido sol



E daí que não tocamos o sol?
Alcançamos os sonhos
e chegamos à lua!
Colhemos os girassóis
e nos alimentamos
com suas sementes!
E ainda somos capazes
de nos abraçar no meio
da rua!
E daí que não tocamos o sol?
Ele esquenta nossa pele
e encanta nossos olhos!
Tinge de cores
nossas tardes
e revela a claridade
a cada madrugada!
Pinta de "morenice"
silhuetas semi-nuas
e alegra nossas vistas
com passarelas
só suas!
E daí que não tocamos o sol?
Diariamete ele nos fala
sobre a existência,
na insistência de nos fazer
aprender sobre o ciclo da vida!
Sol faz questão de nascer
e morrer todo dia,
abraçando a escuridão
do amanhã
e ressurgindo
na palidez
da manhã!
E daí que não tocamos o sol?
Se ele insiste em afirmar
o seu caráter, ao mesmo tempo,
fúlgido e fugidio
como a provocar
em nós uma espécie
de cio para brilhar!
Farol, lume, pavio,
num assobio de vento
que se oferece
em sol maior
a nos perguntar:
E daí que não tocamos o sol?

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