Com tempo
contemplo
a criação
e me deixo...
Fora do meu
próprio eixo,
me vejo fluir
num feixe de luz,
que invade o peito
e simplesmente conduz
a um certo leito
de ondas azuis...
Com tempo
contemplo
o céu e o mar
e, neste olhar,
me deito,
um sonho a me fitar,
só então aceito
tudo o que traduz
este ser imperfeito
a que faço jus...
Com tempo
me percebo templo
e vou além de tudo,
faço uma oração
permanecendo mudo
e, no silêncio,
me entrego, cego,
mal consigo andar,
ouço longe um eco,
não dá pra escutar,
só então entendo
as fronteiras
da minha própria
limitação!
Com tempo,
ergo uma oração
e sigo bons exemplos,
vejo em cada irmão
portais de belos templos
e volto ao coração
pra agradecer
aos sentimentos
os ventos da inspiração
que sopram
no momento!
Contemplo!
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