quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dor de poeta







Primeiro
"Júlio"
levou
João
pro
sereno
mar
da
eternidade,
deixando
uma cidade,
ilha deserta,
sem saber se
a coisa certa
a fazer
é se despedir
ou rememorar...
Chorar
ou então sorrir,
celebrar
um brasileiro
que tão cedo
teve que ir,
viva o povo
do Ribeiro...

Depois
"Júlio"
pegou
Rubens
pela
mão
e o convidou
para um concerto
só de alma,
deixando órfãs
as crases
e viúvas
as frases
com as quais,
com toda calma,
nos alvejava
a sorrir,
em sua paixão
de escrever,
sobre o mistério
de existir...

E agora
o "Júlio",
não contente
com tanto engano,
resolve
chamar
o Ariano,
do alto
da sua glória
merecida,
pra fazer
companhia
aos colegas,
perto da
"compadecida"...

Comadre
Cida,
padroeira
da nação,
faz o "Júlio"
se aquietar,
voltar a ser
o velho julho,
o mês já está
pra acabar
já chega
de magoar
o coração
desse povo
acostumado
com o novo,
que faz arte
pra se alegrar...
Deixa em paz
nossos poetas,
os escritores
e autores,
cuida das
nossas dores,
chega
de tanto
pesar...
Faz por nós
esses favores,
faz esse julho
passar...

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