Bem vindo(a)Você que chegou até aqui, sabe-se lá porque,receba um trago de poesia pra saciar sua esperança. Esta "choupana" oferece pouso a seus ideais. Fique à vontade. Não sei se vai achar nada demais. Mas se ao fechar a página, estiver mais leve, terá valido a pena! Pra onde você irá depois será um grande mistério Mas um pouco de mim vai te acompanhar e um pouco de você ficará. Gratidão por sua passagem.Vai com Deus! Todas as portas e janelas continuarão escancaradas, aguardando a sua volta!
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Minha cidade
Eu continuo
tentando
te tentar
a gostar
dos meus apelos
urbanos
e minha
gente vulgar...
Eu continuo
na espera
a fila
sempre maior
o cheiro forte
de azeite,
mistura urina
e suor...
Eu continuo
nos guetos
em blocos
tão raciais
nos becos
e avenidas
nas convenções
sociais...
Eu continuo
na rede
e nos temperos
de cor
cerveja
é nome de sede
e sexo
o mesmo que amor...
Eu continuo
fagueira
entre santos
e orixás
no são João
sou fogueira
na sexta feira
sou paz...
Entre faróis
e buracos
entre anzóis
e auês
entre o gingado
e a crendice
entre o atabaque
e o dendê...
Eu continuo
na estrada
a mais idosa
ancestral
as minhas rugas
são juras
paralelo
candeal...
Eu continuo
na luta
entre o que falam
e o que sou
uma grande
prostituta
capaz de amar
sem pudor...
Eu continuo
levando
em mim
o nome do amor
balangandans,
fitas, figas
no misticismo
da dor...
Eu continuo
tão suja
o meu contorno
é tão breu
sou camaleão
e coruja
disso ninguém
esqueceu...
Eu continuo
profana
uma cigana
sem véu
enquanto rodo
a baiana
te mando
pro beleléu...
Eu continuo
bonita
apesar
dos filhos meus
sou mãe
doente e aflita
com os filhos
longe de Deus...
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