quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Digestivos



Depois do almoço
me exilo na cadeira
entre um fosso
e uma ponte elevadiça
e toco a escrever asneiras
quem sabe inspirado na preguiça...

Depois do almoço
a rede é meu castelo
nela eu me refestelo
depois do alimento do corpo
me deixo ficar, absorto,
como um velho carro que enguiça....

Depois do almoço
hesito entre tantas delícias
há a sobremesa dos sonhos,
uma soneca sem compromisso,
ou algo mais sugestivo,
uma poesia como digestivo...

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