quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Encontrinhos


Em algum lugar do presente
a leveza marcou encontro com a alegria
e reuniu em torno de uma mesa
oito amantes da amizade.
O prazer de novamente estar juntos,
as taças e taças de bem querer,
as fartas porções de bem estar,
tudo nos faz compreender o porquê
de chamarmos, carinhosamente,
estes momentos de "encontrinhos"...
Porque, por mais que eles se estendam,
sempre fica um gosto de "quero mais",
fica a sensação de que duraram pouco...
É que quando estes pequenos comitês
da inesquecível turma D se encontram,
mesa se transforma em altar pra celebrar
o brinde à juventude compartilhada,
as lembranças de uma época dourada
e a sensação de atravessar
os portais do tempo
pra reviver páginas viradas!
Não importa o elenco presente,
sempre dá liga!
É sempre gente amiga
atravessando as fronteiras
da mesmice e se jogando,
sem medo, nos braços
de uma meninice sem idade,
abraços de uma gostosa
e doce saudade!
Não importa também a quantidade!
Onde dois ou mais se encontrarem
sempre haverá um tipo de pacto selado,
e sempre renovado, de comungar
o espírito do passado!
Em gestos largos
de bem estar manifestado,
próprios de quem sabe valorizar
o privilégio da convivência,
seja a de anos e anos
na flor da idade,
seja a dos breves encontrinhos
entre as sobras da saudade,
os brindes se multiplicam
nos olhos que se encontram,
nas mãos que se estendem,
nos sorrisos que se encaixam,
nas almas que se compreendem,
nos opostos que se beijam,
nas diferenças que se completam!
Em algum lugar do presente,
uma oração subordinada
pelo milagre da existência!
A prece subentendida por mais
esta terna experiência!
E a vida pulsando, límpida,
cristalina, transparente,
fazendo tudo valer,
nesta deliciosa aventura
de ser gente e da gente ser!
E o peito escancarado,
casa, lar, abrigo,
nesta maravilhosa mistura
entre nós, amigos!
Meu obrigado a Deus
por cada um de vocês
e por mais este
inesquecível encontrinho!


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