segunda-feira, 25 de maio de 2015

Anguera...



Ela estava ali, como está em qualquer lugar...
Ver eu não vi, mas pude sentir seu olhar...
Só não posso assegurar que ela concordava com tudo o que era dito...
Alguns radicalismos não pareciam emanar de seu coração bendito!
Eu, pelo menos, não consigo imaginar nenhuma exclusão no seu falar...
Mas ela estava lá, com seu Amor infinito!
E por ali estar, o lugar se fez bonito!
Nada de especial, tudo humanamente arrumado...
Muita gente esperando algum sinal ou chamado...
Muita gente em comunhão, rezando, lado a lado...
Ela estava ali, rezando, também, secreta...
Entre tantas Marias discretas, mais uma em romaria...
Amor, Maria!
Mãe Maria!
E tudo que ali se via não poderia vir do nada...
Ali estava a bem aventurada...
A Senhora do Amor!
Como em qualquer lugar, cobrindo as pessoas com graças, enchendo o lugar de cor!
Distribuindo a doçura de sua presença, na intensa procura por sua aparição!
Visão? Loucura? Uma breve aventura da fé de algum cristão?
Enganação?
Não parecia...
Mesmo com as mais insanas profecias, com a beatice de plantão...
Alguma coisa ardia no coração...
Ela estava ali, mesmo que os olhos dissessem: não!
A gente sentia um olhar... Uma presença serena...
Uma alegria por testemunhar gente de todo canto chegando pra tocar o seu manto...
Todo mundo aguardando a cena! Toda boca oferecendo um canto!
Todo louvor, toda esperança, tanto, que é impossível desacreditar!
Algo naquele dia, fosse a companhia, fosse o "se aventurar", algo nos conduzia
e fazia de cada um de nós um altar em honra a Maria!
Maria do não está lá!
Maria do sempre está aonde seu filho estiver!
Maria do acreditar!
Mãe, senhora, mulher!
Quem nos dera ali ficar até ela se manifestar...
Quem nos dera...
Estar ali pra retribuir o silencioso olhar
de Nossa Senhora de Anguera!

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